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VoltarBe8 cria Fator Econômico e Ambiental (FEA) para mostrar cientificamente o benefício e ganho proporcionados pelo uso dos biocombustíveis para a descarbonização
Conceito econômico ambiental inédito foi idealizado por Erasmo Carlos Battistella, Presidente da Be8, e desenvolvido em conjunto com assessoria da Accenture, sob a liderança do Diretor de Transição Energética, Camilo Adas
Indicador foi apresentado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, em evento com a presença do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
“O debate sobre transição energética não pode se limitar a uma análise do custo do combustível no momento do consumo, mas deve considerar uma visão mais abrangente e integrada dos impactos econômicos e ambientais dos combustíveis, permitindo uma análise comparativa robusta que pode orientar políticas públicas e decisões empresariais rumo a um futuro mais sustentável”, disse Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, empresa líder em produção de biodiesel.
Movido por esse desafio, há dois anos, Battistella idealizou o FEA para evidenciar os benefícios dos biocombustíveis através de uma correlação quantitativa entre o benefício e custo, de forma inédita. Para isso, contou com a condução do projeto e coautoria de Camilo Adas, Diretor de Transição Energética da Be8, e da assessoria da Consultoria Accenture.
“O desafio foi trazer robustez científica e prática para o Fator, demonstrando que há viabilidade econômica e ambiental para alavancar a transição energética e desmistificando a falsa percepção que os combustíveis renováveis são mais caros”, explicou Adas.
Assim nasceu o Fator Econômico e Ambiental (FEA), o qual oferece uma visão detalhada e integrada dos benefícios econômicos e ambientais, de forma quantitativa, para os diferentes tipos de combustíveis. O indicador foi oficialmente apresentado durante a palestra “Fator Econômico Ambiental: Integrando os Benefícios Socioeconômicos dos Biocombustíveis”, que aconteceu na quarta-feira (22/01) na Casa Brasil, espaço exclusivo criado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, organizada pelo BTG Pactual em parceria com as empresas Ambipar, Be8, Gerdau, JHSF, Randoncorp e Vale.
A palestra contou com a participação do Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Ele apresentou os resultados que o país alcançou dentro da meta de descarbonização para 2024, quando superou a economia esperada de 38,78 milhões de toneladas de CO² equivalente que havia sido determinada em 2023 por resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Em 2024, com a emissão de 42,44 milhões de créditos de carbono, os chamados CBIOs, o mesmo valor equivalente deixou de ser emitido na atmosfera, gerando assim R$ 3,9 bilhões em valor financeiro.
"O Brasil deu um passo imenso no ciclo virtuoso da descarbonização: nós aprovamos a Lei do Combustível do Futuro. Essa cadeia terá que ser valorada no mundo e os prêmios verdes devem ser pagos pelos países desenvolvidos, trazendo retorno para o agronegócio, agricultura familiar e geração de energia”, disse Alexandre Silveira.
Cálculo do Fator Econômico-Ambiental (FEA) - Análise Custo-Benefício com Matriz Insumo-Produto (MIP)
Abordagem benefício ambiental
FEAv1.0 (R$⁄L) = (Ganhos Econômicos - Custos Econômicos) - Custos das Externalidades
Durante o painel, o diretor de ESG Latin America da Accenture, Felipe Bottini, destacou que cada litro de biodiesel produzido gera quatro vezes mais de retorno para a economia brasileira do que o diesel fóssil, chegando a 13,3 vezes mais, se observados fatores ambientais.
O Be8 BeVant®, um biodiesel premium desenvolvido pela Be8, também se destaca com um FEA 15,5 vezes melhor do que o diesel, enquanto o biodiesel comum tem um FEA 13,3 vezes melhor. HVO (Diesel Verde) apresenta um FEA 15,2 vezes melhor do que o diesel.
“Esses números indicam que, na média, os biocombustíveis, que substituem o diesel, são dez vezes mais eficientes sob o ponto de vista socioeconômico”, destacou Battistella. “Os dados demonstram que os biocombustíveis não apenas são uma escolha mais sustentável, mas também oferecem benefícios econômicos significativos, apoiando a transição para uma economia de baixo carbono. Eles podem gerar mais retorno para o PIB do Brasil do que os combustíveis fósseis, destacando a força do país pela sua pluralidade energética. Os biocombustíveis no Brasil geram emprego, renda e descarbonização", concluiu.
Comparação das Emissões de CO2e entre diferentes combustíveis
O Fator Econômico Ambiental (FEA) destaca a superioridade dos biocombustíveis em termos de emissões de CO2 equivalente (CO2e) ao longo de todo o ciclo de vida dos combustíveis. A análise considera as emissões desde a produção, transporte, fases industriais até o uso final dos combustíveis.
Os biocombustíveis, como o biodiesel e o Be8 BeVant®, apresentam emissões significativamente menores de CO2e em comparação ao diesel fóssil. Por exemplo, o biodiesel emite aproximadamente 92% menos CO2e na fase de uso em comparação ao diesel (0,44 kgCO2e/MJ contra 74,43 kgCO2e/MJ). Além disso, as emissões totais de CO2e do biodiesel, considerando todas as fases do ciclo de vida, são substancialmente menores do que as do diesel.
“O FEA é um fator que pode auxiliar economistas, empresários e gestores a calcular a relação entre investimentos e os impactos para a transição para uma mobilidade mais sustentável, através dos biocombustíveis”, analisa Battistella. “Ele é um fator que se aplica a qualquer combustível e, dessa forma, será desenvolvido um aplicativo com as funcionalidades necessárias para apoiar todas as empresas que queiram utilizar o indicador como parâmetro de planejamento econômico, financeiro e ambiental”, completa.