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Cultura da Canola se expande na região

A canola vem se tornando o destaque entre as culturas de inverno cultivadas na região. Com um crescimento significativo na área de cultivo nos últimos anos, impulsionado pelas garantias reais de mercado na sua comercialização, ocupação de áreas ociosas no inverno e por ser importante alternativa a rotação de culturas, a canola vem se destacando e chamando a atenção dos produtores.
Conforme o engenheiro agrônomo Fábio Benin, coordenador do Departamento de Fomento da BSBIOS, isso se comprova pelos resultados tanto quantitativos como qualitativos. Quantitativamente, com o domínio tecnológico do processo, acompanhamento técnico e suporte da pesquisa, a área vem crescendo, pois cada vez mais profissionais estão próximos aos produtores para suporte e orientações técnicas. Benin diz que este é um dos princípios do Departamento de Fomento da BSBIOS, um acompanhamento técnico criterioso das áreas buscando os melhores resultados. Qualitativamente, os índices de produtividade e a rentabilidade da cultura demonstram novamente seu potencial com base em anos de acompanhamento e análise de resultados de produtividade e lucratividade. "Nosso objetivo é demonstrar aos produtores que a cultura tem viabilidade técnica e comercial, área para ser cultivada e mercado garantido, e isso é muito importante para o produtor, pois dá condições de bons resultados a esta nova cultura" afirma o Eng. Agr. Fábio Junior Benin.
Visto o mercado de biodiesel estar aquecido, com aumento de mistura para 4% a partir de junho deste ano, a demanda por óleos vegetais será proporcionalmente melhor, e isso consolida um grande mercado consumidor para o qual a cultura da canola será direcionada. Com base no seu planejamento, a BSBIOS vislumbra o mercado externo, principalmente o mercado europeu, que utiliza como óleo padrão para produção de biodiesel o óleo de colza, com características químicas similares ao óleo de canola.
A expectativa é que para a safra 2009 a BSBIOS fomente um total de 15.000 ha, distribuídos na região Norte e Noroeste do RS e SC. Estes números são frutos de um esforço conjunto entre BSBIOS, cooperativas, cerealistas e produtores parceiros na região, órgãos de pesquisa e extensão rural e instituições financiadoras, cada qual focado no seu trabalho e dando estruturação ao programa de fomento da canola.
As áreas estão na fase inicial de desenvolvimento (pós-emergência inicial), com um bom stand de germinação. Esta situação é muito importante à cultura, pois com um estabelecimento inicial adequado, projeta-se um potencial de rendimento e resultado final positivos, e que serão determinantes para o crescimento da área de cultivo.