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VoltarEncontro permite a troca de experiências sobre a cultura da Canola
No último sábado, aconteceu o Iº Encontro Técnico promovido pela BSBIOS em parceria com o Banco do Brasil, através do Grupo Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) Biocombustíveis, e com a Produtécnica com o tema "experiências e oportunidades para a cultura da Canola". A atividade reuniu produtores rurais, técnicos agrícolas, agrônomos, empresas de biocombustíveis e pesquisadores.
O encontro iniciou no Campo Experimental da Universidade de Passo Fundo (UPF) onde foram visitadas as parcelas de Canola. No local foram observadas as áreas plantadas com os seis diferentes híbridos em época de colheita, podendo-se visualizar o ciclo de desenvolvimento e os variados espaçamentos de plantio. O pesquisador da Embrapa-Trigo Dr. Gilberto Omar Tomm explanou sobre o ciclo vegetativo. "Aqui podemos observar o híbrido Hyola 420 que é mais precoce e está pronto para a colheita e ao lado o Hyola 60 que é de ciclo longo, que está ainda verde. Apesar de acreditarmos que o quanto antes melhor para colher o ciclo longo apresenta vantagens, como demora mais tempo para se desenvolver tem maior capacidade de recuperação no caso de sofrer com geadas, então ele se torna mais resistente e dá mais segurança a cultura", salientou Tomm.
Na oportunidade também pode ser visualizado o ensaio de adubação. Para o coordenador do Departamento de Fomento da BSBIOS, o engenheiro agrônomo Fábio Júnior Benin "a adubação é fundamental para o bom desenvolvimento da cultura, e outro benefício é que se investirmos na adubação no plantio de inverno também será aproveitado na cultura de verão".
A sequência da atividade se deu na sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) de Passo Fundo (RS) com um momento de explanações sobre a Canola. Inicialmente, falou o Diretor Superintendente da BSBIOS Erasmo Carlos Battistella destacando os bons resultados que estão se apresentando na colheita desse ano da Canola. "Em 2010 superamos os objetivos com lavouras que ultrapassam os 30 sacos, esse é o resultado positivo das parcerias que fizemos até o momento, e queremos evoluir ainda mais em tecnologia, produtividade e área plantada visando sempre à manutenção da qualidade obtida até aqui. Queremos ainda fazer a formalização da Associação Nacional dos Produtores de Canola para que possamos captar recursos para desenvolver ainda mais essa cultura que está servindo de exemplo para todo o país", frisou Battistella.
O representante do Grupo DRS Renir Renato Resener ressaltou que o grupo acertou quando escolheu a produção de matérias-primas alternativas de biocombustíveis para ter como foco dos trabalhos. "A Canola é uma cultura viável por vários fatores, que vão desde a conquista do Zoneamento Agroclimático, que permitiu o seguro agrícola (PROAGRO) aos produtores até a garantia real de comercialização, agregando renda ao sistema produtivo. Com isso, permite-se que o agricultor possa buscar o financiamento agrícola, em 2010 somente o Banco do Brasil esteve presente em mais de 5 mil hectares de área," revelou Resener.
Para o sócio-proprietário da Produtécnica Luiz Carlos Ferreira de Carvalho a oleaginosa agrega o sistema de produção. "A Canola vem trazer vários benefícios ao produtor que dependia do trigo no inverno, principalmente no fator comercialização, pois com ela a negociação do grão é garantida e fica na região, com o cereal isso era um suplício", destacou. A mesma opinião foi compartilhada pelo ex-presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo e produtor Jair Rodrigues. "Produzo Canola há 5 anos, começamos sem custeio ou zoneamento e já valia a pena, com a liquidez dada pela BSBIOS e com a aprendizagem do manejo da cultura devemos investir ainda mais. Estamos contente com os resultados que viemos obtendo, nessa safra devemos colher em média 30 sacos por hectare," ressaltou Rodrigues.
Para o produtor Amadeu Carrassa a Canola é uma aprendizagem com segurança. "Em 7 anos de plantio nunca precisei pedir o PROAGRO e com o trigo nesse mesmo período isso já aconteceu. Outra vantagem é que plantando Soja na resteva da Canola se obtém maior produtivade, cerca de 5 sacos a mais por ha", destacou. Ele também revelou a experiência obtida na colheita desse ano. "Na área que optei pelo corte e enleiramento obtive produtividade de 36 sacos por ha, e na que usei a técnica da dessecação da planta foram 7 sacos a menos", revelou Carassa. O encontro foi finalizado com uma confraternização entre os participantes.